Lázaro Ramos comenta dificuldades e comemora sucesso da Record com “Os Dez Mandamentos”

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Lázaro Ramos exaltou cinema nacional










Longe das novelas desde 2014, quando fez “Geração Brasil”, Lázaro Ramos tem investido em sua carreira no cinema. Em cartaz com “O Vendedor de Passados” e “Sorria, Você Está Sendo Filmado”, o ator baiano exaltou o cinema nacional em entrevista exclusiva aoRD1.
Ele comentou a dificuldade de se conseguir vender filmes brasileiros para a própria população do país.
“A quantidade de salas que a gente tem é muito pouca. Temos 2.800 salas no Brasil inteiro, quando somente Nova York tem mais de 2.800”, destacou, frisando que está otimista devido à mudança na postura do brasileiro em relação à preferência por comédias.
Questionado sobre o sucesso de “Dez Mandamentos”, da Record, o marido de Taís Araújo revelou ainda não ter assistido à trama, mas comemorou o fato da concorrência gerar emprego para atores e opções para o público.
Confira na íntegra:
RD1 – Você protagoniza o filme “O Vendedor de Passados”. Qual a diferença desse trabalho para outros de sua carreira?
Lázaro Ramos - Esse filme traz uma brincadeira com o destino que é muito interessante. A maioria dos filmes que eu fiz tinha gêneros específicos: comédia, drama, aventura. Esse filme brinca com gêneros. Não há um gênero para especificar ele. A gente tem visto que a relação do público vai variando de acordo com a cena. Isso é legal principalmente em um período que o público brasileiro acessa mais as comédias e os filmes sobre violência urbana. Esse filme mostra a diversidade e isso é bacana. É bom pra gente mostrar que o cinema brasileiro é mais do que isso.
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Ator da Globo está em cartaz com “O Vendedor de Passados”
RD1 – Por essa preferência por comédia e violência, você acha difícil fazer filmes no Brasil?
Lázaro Ramos - Não é difícil fazer filme no Brasil. É mais difícil vender. São vários motivos.
RD1 – Quais?
Lázaro Ramos - A quantidade de salas que a gente tem é muito pequena. Temos 2.800 salas no Brasil inteiro, quando somente Nova York tem mais de 2.800. A gente ainda não investiu em salas fora de shoppings. A periferia não tem sala, é um público que está sendo abandonado. Claro que o cinema americano tem um potencial financeiro muito maior e obviamente potencial de divulgação. Além disso tudo, temos o costume de ver um determinado gênero de filme. Por fim, tem outros filmes que não são bem sucedidos mesmo e afastam o público, mas isso tem em todo lugar do mundo.
RD1 – Esse cenário te deixa pessimista?
Lázaro Ramos - Não. Eu estou otimista porque eu vejo que os projetos que os diretores estão se propondo a fazer dialogam com a diversidade. Claro que a maioria escolhe a comédia, mas tem cineastas do Rio de Janeiro, Pernambuco, e outros estados que apostam em outras coisas.
RD1 – Fábio Porchat fez recentemente uma crítica a um cinema de São Paulo que reservou mais de cinco salas a “Velozes e Furiosos”, enquanto o “Entre Abelhas”, que ele protagoniza, havia estreado na mesma semana. Falta a ajuda de empresários também?
Lázaro Ramos - A grande dificuldade do cinema nacional é permanecer no cinema. Depois da primeira semana, o filme perde muitas salas. Sempre que eu estou divulgando um filme, eu falo ‘gente, vai ver na primeira semana. Não espera a segunda’.
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O ator comemorou sucesso de “Os Dez Mandamentos”, na Record
RD1 – A Record voltou a ter boa audiência na dramaturgia com “Os Dez Mandamentos”. Qual a sua opinião sobre o avanço da emissora após um período de crise com as novelas?
Lázaro Ramos - Ainda não assisti a “Os Dez Mandamentos”, mas já vi projetos dos meus amigos que estão na Record. Eu acho que a concorrência é importante, tem mais emprego para as pessoas, mais opções para o público. Mas o importante é ter constância, pra não ter projetos bons que comecem e não acabem.
RD1 – Como você avalia o panorama atual da TV brasileira?
Lázaro Ramos - Está mudando muito. Quando você vê um projeto como o ‘Tá no Ar’, de Marcelo Adnet, sendo exibido, é porque há esperança.
Fonte: Rd1
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