PCC assume a Rocinha e ex-capitão do Bope diz que Rio vai viver tempos de guerra, confira

O Rio de Janeiro pode ter conflitos nunca vistos antes. É que a maior favela da América Latina, a Rocinha, já está sob o comando da maior facção criminosa do Brasil, o PCC.

O assunto já está mobilizando a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio, que estão investigando o caso. Tudo começou quando uma disputa por territórios dentro e fora dos presídios levou ao fim um acordo entre criminosos cariocas e paulistas.

Existe uma reoorganização da criminalidade e do controle do tráfico de drogas nas cadeias do Rio, no Complexo de Gericinó em Bangu, já existem mais de 100 presos paulistas que estão assumindo o comando da Rocinha.

Em entrevista a rádio CBN RIO, o ex-capitão do Bope e antropólogo Paulo Storani, afirmou que brevemente teremos situações muito mais críticas do que temos hoje no Rio de Janeiro na questão da violência, "o cenário é muito preocupante, tendo em vista que os criminosos do PCC tem um perfil mais agressivo e mais organizado que os criminosos cariocas, eles tem uma estratégia de exercer pressão sobre a população e sobre o poder público, como já fazem rotineiramente em São Paulo e me preocupa muito a incompetência do Estado em intervir nesse processo", disse ele.

Storani disse também que a crise no Estado e os escândalos envolvendo as autoridades que foram presas, vai permitir que as facções criminosas em médio e longo prazo se fortaleçam e comece uma guerra na disputa pelos pontos de venda de drogas, causando diversos confrontos e levando a população do Rio a níveis de violência nunca vistos antes. O cenário fica ainda mais preocupante com o enfraquecimento da polícia do Rio.

O ex-capitão do Bope finalizou dizendo que a única solução agora é a polícia responder a violência ao seu nível, aumentando os confrontos para conter a curto prazo essa evolução criminosa e que seremos testemunhas de confrontos no Rio de Janeiro muito próximos a guerras que acontecem mundo à fora, e que a cidade vai precisar da ajuda do Governo Federal devido ao recebimento de armas pelas fronteiras.