Novela Velho Chico já empolga cinco meses antes da estreia


O telespectador da Globo está saudoso de um novelão arrebatador. Aquele folhetim rasgado, que emociona, diverte e possibilita o escapismo momentâneo do estresse do cotidiano.
Sem um fenômeno de audiência e popularidade desde Avenida Brasil, de 2012, e atingida por uma crise de audiência sem precedente, a emissora vislumbra sinal de redenção com Velho Chico, com estreia prevista para março.
A trama rural está sendo tratada como a volta da teledramaturgia do canal às suas origens. O romance vai sobrepor elementos recorrentes nos últimos anos, como as histórias policiais com excesso de violência.
Ambientada às margens do Rio São Francisco, a novela marcará o retorno à faixa das 21h de Benedito Ruy Barbosa, afastado do horário desde Esperança (2002-2003).
É dele produções focadas na vida no interior do país que foram fenômeno de ibope, como Pantanal (1990), Renascer (1993), O Rei do Gado (1996-1997) e Terra Nostra (1999-2000).
Na nova novela, o autor não fugirá à sua especialidade: contrapor amor e ódio, sentimento e poder, natureza e progresso, tradição e revolução de costumes.
O texto de Benedito sempre vai da poesia à crítica social e política, do resgate de culturas regionais aos tabus, como na ocasião da abordagem do hermafroditismo da personagem Buba (Maria Luísa Mendonça) em Renascer.
Em Velho Chico, a premissa tem o infalível clichê da guerra entre famílias e deságua no conflito de interesses — a defesa da ecologia versus a exploração mercantilista de recursos naturais — despertado pelo gigantesco São Francisco.
A direção de núcleo de Luiz Fernando Carvalho, com quem o autor fez O Rei do Gado, Renascer e o criativo remake de Meu Pedacinho de Chão (2014), suscita tratamento cinematográfico às paisagens em torno do rio. Um alívio visual ao repetitivo uso do Rio e de São Paulo como cenário nas últimas novelas.
Outro propulsor de expectativa é a presença de Antônio Fagundes. De Benedito, o ator interpretou os inesquecíveis Coronel José Inocêncio (Renascer) e Bruno Mezenga (O Rei do Gado). Prevê-se um novo tipo tão forte quanto popular.
Patrícia Pillar, presente em Renascer (a ambiciosa Eliana) e heroína dos sem-terra em O Rei do Gado (Luana) também já teve a escalação confirmada.
Velho Chico promete conduzir o noveleiro a uma viagem que ele não faz há tempos: por um Brasil no qual a natureza é a protagonista. A Globo começou a contagem regressiva para essa promessa de sucesso.
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