Debate na Globo tinha estrutura para Bolsonaro e TSE exige remoção de vídeo do candidato

 

A Globo estava com tudo devidamente organizado, por meio das suas áreas de jornalismo, engenharia, produção... para a realização deste último debate com os presidenciáveis.

Trabalho que exigiu uma operação monstruosa. Todos os testes foram realizados e repassados no estúdio.

A estrutura do evento foi idealizada para que o candidato Bolsonaro ficasse sentado o tempo todo, por causa do seu estado de saúde. E se sentisse o menos incomodado possível.

Entre as novidades, o chão teria imagens que se movimentariam. Quem viu, afirma tratar-se de um trabalho bem diferente e inovador, em se tratando de debate, daí o sentimento de enorme frustração da equipe pelo fato de não ter sido realizado, após a recusa de Bolsonaro.

Em tempo, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinou, na manhã desta quinta-feira (25), por 6 votos a 1, que seja removido das redes sociais o vídeo no qual o candidato Jair Bolsonaro (PSL) afirma haver uma suposta fraude nas urnas eletrônicas capaz de inserir votos a favor do PT, partido do candidato rival, Fernando Haddad.

O vídeo em questão foi gravado por Bolsonaro em 16 de setembro quando ele ainda estava hospitalizado após receber uma facada em ataque durante ato de campanha. 

O pronunciamento foi transmitido ao vivo pelas redes sociais do candidato e ele sugeriu a existência de programas que poderiam fraudar as urnas eletrônicas inserindo "uma média de 40 votos para o PT" em sessões de votação em todo o Brasil.

"A grande preocupação não é perder no voto, é perder na fraude. Então, essa possibilidade de fraude no segundo turno, talvez no primeiro, é concreta", disse o candidato.

A decisão do TSE determinou a remoção de 55 links em redes sociais como o YouTube e Facebook, dois deles divulgados em perfis do próprio candidato e os demais por apoiadores que republicaram o vídeo.

Os ministros do TSE entenderam que o pronunciamento de Bolsonaro extrapolou a liberdade de crítica do candidato ao colocar em xeque a segurança das eleições. O ministro Edson Fachin cobrou uma "autocrítica" do candidato do PSL ao afirmar que a acusação de fraude "deve ser objeto de refutação e quiçá seja, se já não foi, objeto de autocrítica de quem a tenha formulado", afirmou o ministro.

Fonte: Uol